22 de novembro de 2011

Temperança: uma virtude!

A PAZ DE CRISTO A TODOS!

NO PENÚLTIMO ENCONTRO DO PERSEVERANÇA SURGIU UM QUESTIONAMENTO A CERCA DO SIGNIFICADO DO TERMO "TEMPERANÇA". E FRENTE AO MOMENTO EM QUE A IGREJA VIVE A ESPERA DA VINDA DO NOSSO SENHOR À TERRA PRECISAMOS CONHECER E VIVER ESTA VIRTUDE!

VAMOS CONHECÊ-LA JUNTOS??? 

Gostaria de falar esta semana sobre a virtude da temperança.

A temperança é uma virtude não muito conhecida nos dias de hoje, no entanto, é de capital  importância, pois é a virtude responsável por moderar o uso do prazer lícito.

Quem de nós não se perde no uso dos prazeres terrenos? Quem de nós consegue ser regrado em tudo?

Como vocês já devem ter percebido, todos nós temos um mecanismo interior chamado "compensação":
- trabalhamos, por exemplo, muito ao longo de uma manhã e, em compensação, na hora do almoço exageramos na comida;
- ficamos um dia suportando uma pessoa chata e, em compensação, ao chegar a casa no final do dia, ficamos ouvindo música ou assistindo televisão até a exaustação;
- fazemos um esforço para não comer chocolate durante a semana e, em compensação, no final de semana, comemos chocolate até não poder mais, etc, etc.

Alguém poderia perguntar: mas qual é o problema de nos perdermos no uso dos prazeres terrenos, qual é o problema de não sermos regrados em tudo, qual é o problema de nos deixarmos levar pelos mecanismos de compensação?

O problema é que, como todos nós sabemos, a excelência humana que todos nós buscamos, está no equilíbrio, no domínio, no senhorio das paixões humanas. A pessoa que se perde no uso dos prazeres terrenos percebe que os prazeres a estão dominando. A pessoa que não consegue ser regrada percebe que há algo no seu interior que não está no lugar certo. A pessoa que se deixa levar pelos mecanismos de compensação percebe toda a sua fragilidade vagando sempre entre os extremos e nunca num equilíbrio harmônico.

Viver a virtude da temperança não significa ser regrado no mau sentido da palavra, no sentido da pessoa certinha que nunca sai fora da linha em nada, que nunca permite o mais mínimo exagero em nada, como se não tivéssemos paixões ou fôssemos como um robô. Não, uma pessoa normal é uma pessoa que tem paixões, que no seu interior pode até perder a cabeça por muitas coisas, mas sabe usar as suas paixões de modo ordenado, sensato e equilibrado. Uma pessoa temperante, por exemplo, sabe comer uma bela banana split no momento certo e na hora certa, sem que isto seja uma falta de temperança.

É importante que nos perguntemos agora:
- tenho sido uma pessoa equilibrada no uso dos prazeres terrenos (lícitos)?
- há algum prazer que está fora de lugar?
- tenho me deixado levar pelo mecanismo de compensação?
- tenho sido equilibrado: na comida, na bebida, no prazer de ouvir música, no prazer de assistir filmes, no prazer do descanso, no prazer da leitura, no prazer de falar, no uso da internet, no uso do blackberry, nos video games, etc, etc?

Com relação ao prazer da comida um santo dizia: Habitualmente, comes mais do que precisas. - E essa fartura... torna-te incapaz de saborear os bens sobrenaturais e entorpece o teu entendimento. Que boa virtude, mesmo para a terra, é a temperança! (S. Josemaria Escrivá, Caminho, ponto 682).

Que razão tem este santo! Se nos deixamos levar de modo desequilibrado pelos prazeres terrenos, nos tornamos pessoas incapazes de saborear os bens mais elevados. É verdade! A intemperança traz muitos males e um deles é este. E outro claríssimo é que nos torna escravos do prazer.

Peçamos a Deus que nos ajude a viver a virtude da temperança e assim encontremos esta harmonia no nosso interior que tanto desejamos.
Pe Paulo 
O texto acima doi retirado do blog Perseverança na Fé

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